O papel é essencialmente uma matriz de fibras de celulose interligadas que formam uma folha produzida através da drenagem de uma suspensão de fibras em água numa malha de rede.
No processo de manufactura podem ser adicionados às fibras outros materiais para formar as folhas de papel, como cargas, pigmentos, corantes, adesivos e encolagens.
Embora possam ser utilizados os mais diversos materiais fibrosos para fazer papel, este é principalmente feito de fibras vegetais, tais como o linho, o algodão, a madeira, palha ou amoreira, que são ricos em celulose.
A celulose é o componente principal no papel e a sua quantidade varia conforme a espécie da planta: a madeira contém 40%-70% de celulose, enquanto que a fonte mais pura, as extremidades das sementes de algodão, contêm aproximadamente 96%.Quanto maior for a quantidade de celulose no papel, melhor é a qualidade deste.
A maior parte do papel europeu até ao séc. XIX era geralmente feito com fibras de celulose provenientes de desperdícios têxteis, tomando a designação de papel de trapo.
Estas fontes de celulose antes de serem transformadas em matéria-prima passam por uma série de tratamentos que correspondem a uma espécie de purificação ou selecção, de maneira a eliminar as impurezas da celulose., designando-se o produto obtido por polpa de papel.